Estive pensando nesse mistério que faz com que a vida
da gente se encante tanto por outra vida. E sinta vontade de escrever
poemas. Garimpar estrelas. Deixar florir pelo corpo os sorrisos que
nascem no coração. Nesse mistério que nos faz olhar a mesma imagem
inúmeras vezes, sem cansaço, seja ela feita de papel ou de memória. Que
nos faz respirar feliz que nem folha orvalhada. Querer caber, com
frequência, no mesmo metro quadrado onde a tal vida está. Cantarolar
pela rua aquela canção que a gente não tinha a mínima ideia de que
lembrava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário